Líderes europeus reagiram à pressão feita por Donald Trump e disseram que o continente precisa aumentar seu gasto militarjogo do tigrinho só para brincar， além de ter uma estratégia de defesa própria.

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O novo presidente americano quer que a Otan， aliança militar liderada por Washington， aumente a meta de despesa com defesa de seus 32 membros de 2% para 5% do PIB de cada país. Ele voltou a pedir isso na segunda-feira (20)， ao tomar posse.

Scholz e Macron fazem pronunciamentos durante encontro no Palácio Eliseu， em Paris - Mohammed Badra/Reuters tigre jogos

Reunidos nesta quarta-feira (22) em Paris， o presidente francês， Emmanuel Macron， e o premiê alemão， Olaf Scholz， foram diretos ao comentar a volta do republicano ao poder. "O presidente Trump será， e isso já está claro， um desafio"， disse o alemão.

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"A Europa precisa não só gastar mais， mas ter uma estratégia própria de defesa"， afirmou o francês. Ambos os políticos estão em apuros domésticos， mas lideram os países mais importantes da perna europeia da Otan， ao lado do Reino Unido.

Eles também buscaram demonstrar união contra as ameaças de guerra tarifária feitas por Trump， dizendo se opor ao mecanismo.

As divergências geopolíticas ainda se concentram na resolução da Guerra da Ucrânia: a Otan até aqui vinha alimentando a máquina de guerra de Kiev para resistir， mas o presidente americano já disse querer forçar uma negociação mesmo que às expensas de perdas territoriais dos invadidos por Vladimir Putin.

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Além disso， o republicano adicionou um tema polêmico ao cardápio， dizendo que quer comprar a Groenlândia， território estratégico do ponto de vista militar e rico em minerais， da colega de Otan Dinamarca —provocando dura reação europeia.

Uma radical opositora de Putin， a chefe da diplomacia da União Europeia fez uma defesa da posição de Trump. Em entrevista nesta quarta， a estoniana Kaja Kallas disse que ele está certo acerca do gasto militar europeu. "O tempo não está do lado da Rússia， mas não está do nosso também porque não estamos fazendo o suficiente"， afirmou， comentando a invasão russa da Ucrânia.

Em uníssonojogo do tigrinho só para brincar， neste mesmo dia， o premiê polonês， Donald Tusk， afirmou que a pressão de Trump faz sentido. "Nós não devemos ficar irritados. Nós não devemos ficar atônitos"， disse ele， cujo país está na presidência rotativa de seis meses da UE， no Parlamento Europeu.

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